terça-feira, 26 de maio de 2015

IMAGINE

Imagine uma religião que aceitasse todas as pessoas, independente de suas orientações sexuais. Onde você não precisasse se forçar a fazer o bem em troca de alguma salvação ou por temor a um Deus, pois ao invés do medo e da culpa, essa religião lhe ensinasse que praticar atitudes que privilegiem o coletivo simplesmente repercutiriam positivamente na sua vida aqui mesmo e não em algum suposto paraíso. 
Pense numa religião onde as pessoas não fossem doutrinadas a dizer que apenas o que elas acreditam é que seja a verdade absoluta e que respeitasse o fato de que outras religiões tem crenças diferentes, mas não são melhores e nem piores, são apenas outras formas de exercer a fé. 
Pense numa religião onde as pessoas doassem mais do que apenas dinheiro para o pagamento do dízimo ou de outras taxas de colaboração. Elas investissem algum tempo para ajudar a quem precisa… Cada um com sua especialidade: 
O Médico que atenderia gratuitamente, o engenheiro que ajudaria a construir casas, o músico que animaria as noites difíceis ou divertidas, o dentista que atenderia quem não pode pagar, o POLÍTICO que trabalhasse em prol de causas que atendam a todos… 
Imagine uma religião onde o sexo não fosse visto como algo sujo, a mulher não fosse olhada como um ser inferior, a Família fosse toda e qualquer grupo de pessoas unidas pelo afeto e pelos sentimentos bons que nutrem entre si. 
Uma religião que ensinasse as crianças que estudar é mais do que decorar algumas frases ou trechos de livros, mais do que repetir o que algum líder espiritual está pregando, entender a diversidade humana, cultural e espiritual para que SÓ DEPOIS que estivesse com sua formação intelectual desenvolvida, pudesse ser batizada e tivesse o direito de escolher se gostaria ou não de fazer parte dessa religião. 
Uma religião que reconhecesse o que de positivo outras religiões tem a ensinar e dessem o direito de seus seguidores de trazer a seus comportamentos e escolhas - símbolos, leituras, aprendizados. 
Imagine uma religião onde seus líderes se preocupassem mais com a parte HUMANA do que com a parte financeira, mas que ao mesmo tempo ensinasse que Ter é importante, para oferecer conforto, dignidade e até para caridade, mas que não é mais importante do que SER…
Uma religião que ao invés de julgar, apontar os dedos para os outros e condená-los por terem condutas auto-destrutivas, como o uso de drogas - por exemplo - lhes oferecesse conhecimento sobre o tema, e quando precisassem de ajuda fossem resgatados e tratados em suas doenças para que voltassem a comungar de uma vida saudável. 
Imaginem uma religião que não estimule que matem em nome delas para conquistar territórios, espaços, pessoas… 
Essa religião existe. 
Chama-se AMOR e não é preciso que você leia nenhum livro sagrado, nem seja temente a nenhum Deus, e nem dispute com ninguém sobre a VERDADE DELA. 
E sabe por que o mundo anda tão violento, tão cheio de mágoas, angústias, amarguras e toda essa névoa pesada de caos e destruição? 
Por que para comungar do AMOR é preciso conhecê-lo e as pessoas estão sem tempo para isso. 
O Amor pode estar em Jesus, em Maomé, em Krishna, em Buda, em qualquer lugar, mas ele só fará sentido REAL, se estiver em você. 
Caso o contrário é ENGANAÇÃO. 
E é por isso que vemos tantas pessoas que se dizem religiosas pregando ódio por ai… 
LIBERTE-SE.

TICO SANTA CRUZ

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